Quais são os 5 Estilos de Mediação Predominantes?
Mediação Facilitadora
A mediação facilitadora tem como base a negociação entre as partes, sendo este o estilo de mediação base presente no curso onde se enquadra este artigo. Um processo intrinsecamente ligado a este estilo de mediação é o do modelo negocial de Harvard16. A sessão de mediação segundo este processo está estruturada em 5 fases : abertura do Mediador; abertura das Partes em sessão conjunta; sessões privadas (Caucus) (opcional); negociação e a fase de acordo.
Há quem diga que é um dos estilos de mediação mais antigos. O objectivo da mediação facilitadora é ajudar a que todos alcancem os seus interesses e um acordo sólido e duradouro entre as partes. Os mediadores facilitadores tendem a acreditar que as partes podem chegar a acordo se tiverem informação, tempo e apoio suficientes. O mediador facilitador não dá a sua opinião no que aconteceria se o caso fosse para tribunal (pelo menos não numa fase inicial da mediação). No geral, os mediadores facilitadores provêm de passados profissionais variados.
Mediação Avaliativa
A mediação avaliativa tem como objectivo alcançar um acordo. Este estilo de mediação foca-se mais no que seria um resultado em tribunal e não tanto nos interesses das partes. A mediação avaliativa pode ser uma boa opção se o objectivo for simplesmente resolver o assunto. Se um advogado prevê que um caso pode ir para tribunal havendo no entanto possibilidade de o resolver via mediação de conflitos, pode sugerir recorrer primeiro a um mediador avaliativo com a expectativa de alcançar um acordo e evitar ir para tribunal. Normalmente mediadores avaliativos vêm de um passado profissional ligado ao Direito, dada que este próprio processo pretende “emular” a decisão em Tribunal.
Mediação Narrativa
Livro de referência: Practicing Narrative Mediation_Loosening the Grip of Conflict, John Winslade, Gerald D. Monk
A mediação narrativa assenta em nove pontos essenciais :
1- Assumir que as pessoas vivem a sua vida através de histórias;
2 - Evitar pressupostos essencialistas (i.e. Assumir que uma pessoa é isto ou aquilo – exemplo : ele é agressivo, ela é fantástica, etc.);
3 - Desenvolver a escuta dual (escuta-se a história do problema/conflito e a da necessidade/vontade
4 - Construir conversas externalizadoras (que separam o problema das pessoas);
5 - Ver a história do problema como uma restrição (de que forma é que o problema está a impedir que siga em frente?);
6 - Escutar o posicionamento através do discurso (ex: discurso machista);
7 - Identificar oportunidades para uma história alternativa;
8 - Re- escrever a história da relação entre as partes (focar no que havia/pode haver de bom, por exemplo: será que há algo que gostava de alimentar na relação? Será que no passado já houve momentos em que isso aconteceu?);
9 - Documentar o progresso da mediação (uma narrativa em jeito de acta, num discurso que externaliza o problema e que cita ambas as partes, procurando não julgar ou interpretar o dito).
Mediação Transformativa
Livro de Referência: The Promise of Mediation, Folger and Bush, 2005
A mediação transformativa foi definida em 1994 e é um estilo de mediação “emergente” que se foca primeiro em restabelecer a relação e só depois em resolver a disputa. O grande propósito da mediação transformativa é que o conflito se apresente como uma peça para o crescimento de cada uma das partes. O mediador transformativo trabalha assim o empoderamento das partes tanto quanto possível, dando especial ênfase a que cada parte compreenda as necessidades e interesses da outra. Neste estilo de mediação, que se assemelha à mediação facilitadora, o próprio processo de mediação é definido pelas partes - enquanto que na facilitadora o processo é normalmente definido pelo mediador.
A abordagem "caixa de ferramentas"
Alguns mediadores centram-se apenas num dos estilos anteriormente descritos. Outros mediadores utilizam os estilos de mediação como ferramentas específicas para determinado contexto, e utilizam o estilo de acordo com o contexto. Esta abordagem é utilizada por exemplo em casos de mediação ambiental onde existem vários representantes da entidade (ex: uma associação ou cooperativa onde todos os seus membros são chamados a participar)
A mediação facilitadora tem como base a negociação entre as partes, sendo este o estilo de mediação base presente no curso onde se enquadra este artigo. Um processo intrinsecamente ligado a este estilo de mediação é o do modelo negocial de Harvard16. A sessão de mediação segundo este processo está estruturada em 5 fases : abertura do Mediador; abertura das Partes em sessão conjunta; sessões privadas (Caucus) (opcional); negociação e a fase de acordo.
Há quem diga que é um dos estilos de mediação mais antigos. O objectivo da mediação facilitadora é ajudar a que todos alcancem os seus interesses e um acordo sólido e duradouro entre as partes. Os mediadores facilitadores tendem a acreditar que as partes podem chegar a acordo se tiverem informação, tempo e apoio suficientes. O mediador facilitador não dá a sua opinião no que aconteceria se o caso fosse para tribunal (pelo menos não numa fase inicial da mediação). No geral, os mediadores facilitadores provêm de passados profissionais variados.
Mediação Avaliativa
A mediação avaliativa tem como objectivo alcançar um acordo. Este estilo de mediação foca-se mais no que seria um resultado em tribunal e não tanto nos interesses das partes. A mediação avaliativa pode ser uma boa opção se o objectivo for simplesmente resolver o assunto. Se um advogado prevê que um caso pode ir para tribunal havendo no entanto possibilidade de o resolver via mediação de conflitos, pode sugerir recorrer primeiro a um mediador avaliativo com a expectativa de alcançar um acordo e evitar ir para tribunal. Normalmente mediadores avaliativos vêm de um passado profissional ligado ao Direito, dada que este próprio processo pretende “emular” a decisão em Tribunal.
Mediação Narrativa
Livro de referência: Practicing Narrative Mediation_Loosening the Grip of Conflict, John Winslade, Gerald D. Monk
A mediação narrativa assenta em nove pontos essenciais :
1- Assumir que as pessoas vivem a sua vida através de histórias;
2 - Evitar pressupostos essencialistas (i.e. Assumir que uma pessoa é isto ou aquilo – exemplo : ele é agressivo, ela é fantástica, etc.);
3 - Desenvolver a escuta dual (escuta-se a história do problema/conflito e a da necessidade/vontade
4 - Construir conversas externalizadoras (que separam o problema das pessoas);
5 - Ver a história do problema como uma restrição (de que forma é que o problema está a impedir que siga em frente?);
6 - Escutar o posicionamento através do discurso (ex: discurso machista);
7 - Identificar oportunidades para uma história alternativa;
8 - Re- escrever a história da relação entre as partes (focar no que havia/pode haver de bom, por exemplo: será que há algo que gostava de alimentar na relação? Será que no passado já houve momentos em que isso aconteceu?);
9 - Documentar o progresso da mediação (uma narrativa em jeito de acta, num discurso que externaliza o problema e que cita ambas as partes, procurando não julgar ou interpretar o dito).
Mediação Transformativa
Livro de Referência: The Promise of Mediation, Folger and Bush, 2005
A mediação transformativa foi definida em 1994 e é um estilo de mediação “emergente” que se foca primeiro em restabelecer a relação e só depois em resolver a disputa. O grande propósito da mediação transformativa é que o conflito se apresente como uma peça para o crescimento de cada uma das partes. O mediador transformativo trabalha assim o empoderamento das partes tanto quanto possível, dando especial ênfase a que cada parte compreenda as necessidades e interesses da outra. Neste estilo de mediação, que se assemelha à mediação facilitadora, o próprio processo de mediação é definido pelas partes - enquanto que na facilitadora o processo é normalmente definido pelo mediador.
A abordagem "caixa de ferramentas"
Alguns mediadores centram-se apenas num dos estilos anteriormente descritos. Outros mediadores utilizam os estilos de mediação como ferramentas específicas para determinado contexto, e utilizam o estilo de acordo com o contexto. Esta abordagem é utilizada por exemplo em casos de mediação ambiental onde existem vários representantes da entidade (ex: uma associação ou cooperativa onde todos os seus membros são chamados a participar)